Skip to content

A chegada dos filhos

Tudo começa com ser dono do próprio tempo.
Quando nasce o 1º filho, dá-se uma mudança radical: deixa de se ter
tempo para as necessidades e vontades próprias.
Da noite para o dia temos um ser que necessita de ser provido 24h, física e
emocionalmente.
Quem o recebe, por vezes, fica “chocado” com a exigência da tarefa, pois
alguns bebés são mais exigentes que outros. Algumas vezes, dá-se uma
ideação demasiado rosada da experiência.
O facto é que da melhor forma que se sabe e pode (refiro-me a pais
cuidadores), alteram-se todas as rotinas, priorizando o bebé.
Como qualquer mudança, esta nova realidade requer um tempo de
adaptação. Esta adaptação dá-se a vários níveis, em termos logísticos, mas
especialmente em termos emocionais.
Quando nasce o 1º filho nasce a mãe/pai em nós.
Temos de gerir, internamente, a responsabilidade que este papel nos traz,
com todos os medos e dúvidas que isso acarreta.
“Estou a ser boa mãe/pai?”, “É suposto fazer “isto ou aquilo”?”, etc. Trata-
se de um papel que traz tanta insegurança, crenças limitantes, emoções
dissonantes ao de cima, que se torna muito absorvente.
Tão absorvente que por vezes nos esquecemos que temos outras
dimensões em nós, que já existiam antes e continuam a existir. Como por
exemplo, a pessoa mulher/homem, a esposa/marido, a profissional, a
filha(o), a irmã(o), a amiga(o), etc.
Depois do período inicial de adaptação à nova rotina, devemos começar a
dar atenção e a ir dando espaço a todas as outras dimensões. No sistema
familiar todos são importantes e tem de haver equilíbrio para que o
sistema continue a ser satisfatório e assim mantido.
O que por vezes acontece, é que este assumir exclusivo de papel de pai
leva a “esquecer” os outros papéis, o que pode levar a situações de
desequilíbrio.

Acontece, com frequência, o casal esquecer de manter a
relação de casal. Engolidos pelo cansaço das novas tarefas e rotinas,
perdem-se um do outro. Esquecem-se de tirar tempo para si mesmos,
para namorar com o parceiro, de criar situações que os tirem da rotina.
Como consequência, a insatisfação cresce e podem chegar a pontos
irreversíveis.
Há fases na vida que são exigentes, esta é uma delas. Mas à medida que a fase
vai avançando temos de ir adequando, readaptando as rotinas e ritmos.

Sem se darem conta, há pais que entram nesta espiral, deixam de existir
por eles mesmos e passam a viver pelos filhos, chegando àquele ponto em
que usurpam a vida aos próprios filhos e tornam-nos reféns das próprias
expetativas, caindo em espirais de apego.
Os filhos crescem, vão sair de casa. Quando eles saírem, será outra fase de
adaptação.

Cultive bons hábitos para que tenha vida para além deles,
deixando-os livres para viverem os próprios sonhos e experiências.

Paz, Amor, Alegria e Luz nos Nossos corações <3
Maria Sacramento Santos
Hipnoterapeuta

Partilhe:

Newsletter

Join over 1,000 people who get free & fresh content delivered each time we publish.

Quem sou

Sou mulher, mãe, filha, irmã, tia, cunhada, amiga, colega, uma humana.

Corria o ano de 1970 quando nasci, fruto de um Amor de uma alfacinha com um laurentino, em Moçambique. Com 4 anos vim para a metrópole e iniciou-se uma nova fase para toda a família, à semelhança de tantas outras famílias. Iniciei o ensino primário em Lisboa e o ciclo já em Elvas, cidade onde resido até ao momento.

A licenciatura em Relações Públicas e Publicidade fez-me voltar por uns anos a Lisboa, e seguidamente voltei a Moçambique para uma experiência de ano e meio a viver fora, lecionando e trabalhando numa agência de publicidade em Maputo.

Regressei a Portugal ano e meio depois, e a Vida trouxe novos caminhos e aprendizagens, casei, fui mãe, trabalhei em coordenação de formação profissional, projetos comunitários e agências de viagens.

Até que em 2012, decido mudar de rumo. Comecei a meditar e a questionar-me sobre o “caminho a seguir”.

Desde miúda que sempre gostei de pessoas. Sempre tive muita facilidade de empatizar, com muita facilidade as pessoas falavam comigo e muitas vezes, quase sem me conhecerem, “desabafavam” e comentavam que se sentiam bem em falar comigo.

Com todas estas ideias, começaram a fazer sentido, se tivesse uma ferramenta, poderia ajudar melhor as pessoas e poderia fazer disso “modo de vida”.

Comecei a procurar a Técnica/ Ferramenta que mais sentido me fazia, e voltei às leituras do Dr. Brian Weiss, o que me levou à hipnoterapia.

Encontrei o Professor Alberto Lopes, e senti que o Caminho seria esse. Iniciei a formação, muito completa e com estágio incluído, e à medida que avançava na aquisição desse conhecimento, crescia o sentimento de que a minha Missão estava encontrada!

Após um 2013 em formações intensivas várias, em 2014 inicio a atividade como hipnoterapeuta em Elvas. Em 2018 expando para Évora e em 2020 para Lisboa. Em 2020, devido ao cenário mundial, inicio sessões online e em 2022 crio a presente página para chegar a mais pessoas.

Desejo que os conteúdos lhe sejam de ajuda na recuperação do Seu Bem-Estar. Esta página é para si!