De um modo geral quando se pensa em Natal, pensa-se em família. Uma
noite em que toda a família se reúne, convivendo à volta de uma mesa, com
troca de presentes. Este quadro tornou-se o “ideal natalício”. É bom quando
é assim. O problema é ficar-se com sentimento de “fracasso” quando assim
não é.
Há muitas formas de passar essa noite/quadra, até porque nem todas as
pessoas têm família com quem se reunir, outras têm turno de trabalho,
outras trabalham no estrangeiro, outras estão hospitalizadas e/ou outra
situação em que as “condições idealizadas” não se verificam. Há muitas
possibilidades para que isto não aconteça.
O importante é não cair na vitimização e valorizar o que se tem,
desfrutando-o, independentemente da situação.
Quando se fala em “espírito natalício”, fala-se de amor, generosidade,
cuidado, conforto, doação, entreajuda, tolerância. Arquetipicamente é o
nascer do Cristo nos corações de cada um, que espalhava estes e outros
sentires por onde passava.
Estes sentires podem ser direcionados de múltiplas formas, de acordo com
o sítio onde estamos. Se está a trabalhar, pode ser com os colegas e
clientes/paciente, se não está a família pode partilhá-lo com amigos, se não
tem família nem amigos pode desfrutá-lo sozinho a fazer o que lhe dá
prazer e valorizando o que tem (saúde, casa, comida, etc.), e também pode
fazer voluntariado junto de quem necessita. Quem necessita de cuidados,
ou não tem casa, nessa noite há sempre instituições que doam, tornando
esta noite mais aconchegante.
Sendo que cada um tem o seu Caminho, é uma noite de encontros em que
os corações se tornam mais compassivos, amorosos e há uma predisposição
maior para estender a mão ao próximo. Que este espírito se espalhe pelo
resto do ano e que possamos ser ponte para que cada um alcance os seus
propósitos!
Que o Cristo nasça no coração de todos nós _/|_